quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Os 120 anos da minha mulher

E já de cara, um aviso: Se você é desses amargurados que gostam de discursar sobre a minha preferência por SP, está liberado da leitura. E da vida. Passar bem.


Eu gosto de SP, como eu gosto do Botafogo, como eu gosto de pizza napolitana, como eu gosto de sorvete de menta. Se "só eu" gosto disso, melhor assim, não lido com concorrências.

Hoje, a mulher da minha vida, com quem mantenho um relacionamento nada secreto (e deveras odiado pelos outros) há anos, está comemorando 120 anos.

Quando a casa caiu com o sujeito que eu tava dando chamego no longínquo ano de 2010, quem estava comigo? Ela. Sim, ela considerava o ménage numa boa, moderna que é.

Quando, depois de rodar horas pela cidade em busca de um artigo altamente raro no comércio paulistano, quem me ofereceu a solução e, de quebra, um lugar para sentar e descansar? Ela, que não tem recantos exatamente confortáveis, mas foi generosa o suficiente para abrigar lugares que são.

Quando resolvi passar o 1º de Janeiro em SP, com a Augusta dormindo, quem me ofereceu café, Engov e Lysoform? Ela, zelosa que é, com sua farmacinha 24hs.

Quando precisei fazer hora(s), esperando O CARA (esse sim, amor de muito) chegar em casa dos intermináveis compromissos, quem me fez companhia e me entreteve? Ela, que faz muito gosto do relacionamento, porque também tira uma casquinha dele quando eu não estou por perto - e nesse caso é uma embolação danada, porque também tem a Augusta no meio, de oferecida que é.

Todo relacionamento bem sucedido - e especialmente entre uma carioca e uma paulistana - é incompreendido, odiado, mal falado. Mas enquanto quem pagar minhas passagens pra SP for eu mesma, quero que os chatos se lasquem.

Tá gata, mô! 120 e mandando brasa!