quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Occupy Ilha de Caras



Toda vez que me refiro à pessoas famosas que não fazem parte do mesmo nicho mas aparecem em fotos se abraçando, rindo em cascata e jurando amizade eterna, eu digo "amigos de Ilha de Caras".

Ora, Ilha de Caras nada mais é do que um final de semana com um catado de celebridades (conhecidas ou não), vivendo momentos de descontração e boca livre, para entreter quem ama saber da vida alheia e ainda paga pra isso. Verdade seja dita - é um marketing (nem sempre positivo) regado a bons drink e um rango de primeira!

Tirando onda com a cara de amigos e conhecidos no Facebook, me bateu a ideia do Occupy Ilha de Caras. Eu prefiro a Ilha porque o castelo tem goteiras, como disse esse pessoal aqui .
Ninguém sarado, nenhuma rainha de bateria, nenhuma esposa de diretor, nenhuma filha de socialite, nenhuma rainha da cirurgia plástica, nenhum ator de Malhação, nenhum cantor de sertanejo pré-escolar.
Podemos SIM ter um jogador de futebol, de algum time tipo Icasa (pra fazer o Xico Sá feliz), dando ênfase à pelada com o restante do grupo, formado (por enquanto) por jornalistas-sabores* que jogam nas 11. Vamos esbofetear a cara da sociedade com mulheres tamanho 44, de biquini e bebendo caipirinha de cachaça!
Nada de nouvelle cuisine francesa contemporânea mediterrânea D.O.C. molecular. O bom e velho churrasco - e por favor, entendam: o fato de ser churrasco não diminui a qualidade do rango - porque onde tem ajuntamento de homem, tem churrasco.
A atração musical até pode ser algum(a) amigo(a) hype do(a) amigo(a), mas o repertório é nosso.

E fica a dica: Repelente contra insetos é o must have da bolsa, porque em Angra chove o ano inteiro e já não é nem mais foco de dengue - é uma grande angular de dengue! E um celular que funcione, porque se chover demais, pode ter queda de barranco.



*jornalistas-sabores são jornalistas formados que hoje atuam em outras áreas além do jornalismo, tais como internet, tv, literatura, música e moda.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Há outra



Só quem me conhece de verdade é que sabe o quanto eu detesto visita surpresa. Mas meu porteiro não sabe disso, apesar dos avisos e dos 7 anos em que eu moro nesse prédio.
Em casa, revirando receitas de comida pro domingo, sou surpeendida com a campainha da porta.
Antes mesmo do meu cérebro completar a tarefa de enviar sinais à minha fala e eu perguntar "Quem é?", o abuso se anuncia - "Abre! Sou eu!". É ela, e agora?

Abri, ela entrou com seu usual derrotismo, reclamando que passou por nãoseiquantos casais felizes no caminho pra cá. Ao constatar a minha cara de "eu não acredito que isto esteja acontecendo", com a dela mais lavada do mundo me pergunta, "Tá com essa cara por que? Tá cansada de saber que eu viria. Ou você acha mesmo que eu não sei da sua vida? Eu hein...".

Meu porteiro não faz isso com qualquer conhecido ou amigo meu. Faz isso com gente que ele SABE que anda comigo e evita a fadiga de incomodar a todos com a campainha do interfone. Sei que não posso culpá-lo se tenho uma stalker na vida.

Volto pra sala e pras receitas no computador e largo a abusada falando sozinha na cozinha. Ela, obviamente, vem atrás com sua betoneira de cobranças: "Não recebeu a mensagem que te mandei? A letra da Maysa?", "Eu vi o que ele escreveu no Facebook, sabia que você ia precisar de mim, mas você não parou em casa!", "Larga essa receita, vê aí o que tem de doce BEM DOCE pra gente fazer!".

Senti, nessa hora, o peso do que deve ser um homem com duas mulheres, de ter que revelar a uma delas (ou às duas) a existência da outra. Mas, assim como puxar a folha depilatória, é algo doloroso que um ser humano de bom caráter deve fazer. E eu fiz. E comecei pela deixa dela mesma - "Bom você ter mencionado aquela música da Maysa, porque é ela quem vai te responder agora."...

Segue a patifaria do diálogo:
T - "Como assim?"
D - "Ué, ela não diz 'Ouuuuuuuça, vá viver sua vida com outro bem, pois eu já cansei de pra você não ser ninguém'? Era um recado pra você..." 
T - "Pra mim não, querida! PRA VOCÊ, que tá aí passando ridículo esperando milagre desse cara!"
D - "Não tem nada a ver com o cara, por mais que você o odeie..."
T - "Como não? Eu LI o que ele postou no Face, na hora eu soube que você ia descer do seu saltinho, correr pra cama e chorar, porque é só o que você sabe fazer!"
D - "É aí que a Maysa canta pra você - Você é a outra."
T - "Ahn?"
D - "Apesar da sua arrogância desfarçada de caridade, venho tendo um caso contigo mas estou em um relacionamento..."
T - "Não vai me dizer que aquele ridículo tomou uma decisão? Ele nem toma conhecimento da sua vida, pinta e borda na tua cara e você não faz nada!"
D - "Não é ele, é ela. Ele não está nessa equação. E é por isso que estou te contando. E não é só um aviso, é um ponto final. Não quero mais você aqui, não quero te ver passando nem na porta do prédio, porque você me conhece e eu chamo a polícia!"
T - "E eu posso saber quem é?"
D - "Pra quê? Vai botar o nome da coitada na macumba?"
T - "Vê bem se eu sou rapariga?! Macumba é coisa de gente que não se garante em vida e tem que apelar pra espírito baixo e nojento igual a ela!"
D - "Pelo menos NISSO você tá certa..."
T - "Fala quem é!"

E aí, eu sorri.
Ela se espantou,  como se tivesse assistindo a um filme de terror. Levou a mão à boca, apertou os olhos, pegou a bolsa e bateu a porta atrás dela.

Tristeza sempre foi assim, barulhenta, dramática...Não dava mais.

E fiz panquecas, de parmesão com tomates e manjericão. Ficaram ótimas!


sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Espírito (de porco) natalino



Fim de ano, época de extrema e estranha cordialidade entre as pessoas. Aquela cordialidade que aguardamos nos outros 11 meses do ano, e que teria feito a diferença.
Votos de paz, felicidade, sucesso, prosperidade vindos de pessoas que o ano inteirinho fizeram da existência neste plano um inferno, ou pior, não fizeram puerra ninguna para que de fato existisse paz, felicidade, sucesso e/ou prosperidade.

É tempo do tradicional e aparvorante tapinha nas costas, de sorriso amarelo, de presente inútil no amigo-secreto, de piadinhas manjadas sobre papai noel, de atendentes mau humoradas, de dentistas em recesso.

É também época de promessas, daquelas de fazer corar o mais proxeneta dos políticos brasileiros. Parar de fumar (com ou sem Dr. Dráuzio Varela), emagrecer, se casar, se separar, amar mais, amar menos, ser sincero(a), ser cínico(a), seja lá qual for a necessidade. Promessas que, se chegarem a ser de fato cogitadas na pós-ressaca, serão analisadas somente depois do carnaval, que é quando o ano definitivamente começa. Promessa de fim de ano é como promessa de cama - só engana.

Começam também as retrospectivas - na tv e nas cabeças - sobre fatos marcantes, para o bem e para o mal. Será que mandei mal com 'as pessoa'? Será que devia mesmo ter ido pra Liechstenstein, ao invés de ficar aqui esperando milagre dessa terra onde "tudo dá"? Vermelho ou dourado? Roberto Carlos em Jerusalém ou conto de natal da Xuxa? Compro a tal bicicleta, ou não? Eram os deuses astronautas?

Aos que sobreviveram ao ano de 2011, meus parabéns e OS SINCEROS VOTOS de boa sorte pro mítico 2012. E, pra não perder o costume, que o cajado do Bom Velhinho lhe toque fundo neste natal.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Coração no espeto



A vida é uma grande churrascaria rodízio, onde o prato mais pedido é coração.

Se não tem o de galinha, serve humano mesmo. Desde que bem passado, porque sangue é grosseiro. Sangue significa que alguém sofreu e o sofrimento alheio não importa; há fome. E quem tem fome, tem pressa.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O brega que eu habito

Soube através da Folha.com que hoje a "I'm not dog no" de Falcão completa 20 anos.

Tenho me espantado quase que diariamente com a quantidade de coisas e acontecimentos completando "20 anos". É por causa delas que luto semanalmente contra novos fios brancos de cabelo na minha cabeça.

Mas voltemos ao brega do Dr. Marcondes, que é mais leve. Na entrevista, Falcão explana claramente - caso algum incauto não tivesse atinado pra questão ainda - a diferença entre os bregas: "Brega é como colesterol, tem o bom e o ruim". Luan Santana que o diga...

Peneirar o fino do brega e separar os pedregulhos, como eram os feijões de antigamente, não é tarefa para iniciantes. É necessário destreza, paciência, bom humor e um amigo que lhe indique ao menos 1 nome, para que você siga a trilha de tijolos dourados com glitter e flores de todas as cores do brega nacional e internacional, por que não?

Como generosidade é meu nome do meio, resolvi ajudar os perdidos e os principiantes a montar um dia comemorativo do bom brega com a discografia básica:

"Nos teus braços", do mestre Reginaldo Rossi, é o que separa homens de meninos;

Como diz o anúncio do cartaz, seus grandes sucessos de parquinho de interior "Fatalidade" e "Por que brigamos", Diana é obrigatório;

O LP mais progressivo do goiano que arrebatou corações, todo se querendo na capa;

Um tonel de amor e sofrimento, a síntese do brega feito pelo cara que foi excomungado pela igreja católica. Ele é contra a pílula e a favor do amor;

Waldick, o cara que não era cahorro não, mas sofreu "Tortura de amor" e dizia (neste LP) que "Todo homem chora". Sem isso, não há vida legítima;

"Ah! Tanto eu tenho pra dar... E quanto mais eu tenho, Mais este amor me exige..."
Só pra começar. Aproveite que é segunda-feira, o natal ainda não chegou, e se aprofunde nas verdades do ser humano, no cafona que mora dentro de você. E que se dane o hype!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Os 120 anos da minha mulher

E já de cara, um aviso: Se você é desses amargurados que gostam de discursar sobre a minha preferência por SP, está liberado da leitura. E da vida. Passar bem.


Eu gosto de SP, como eu gosto do Botafogo, como eu gosto de pizza napolitana, como eu gosto de sorvete de menta. Se "só eu" gosto disso, melhor assim, não lido com concorrências.

Hoje, a mulher da minha vida, com quem mantenho um relacionamento nada secreto (e deveras odiado pelos outros) há anos, está comemorando 120 anos.

Quando a casa caiu com o sujeito que eu tava dando chamego no longínquo ano de 2010, quem estava comigo? Ela. Sim, ela considerava o ménage numa boa, moderna que é.

Quando, depois de rodar horas pela cidade em busca de um artigo altamente raro no comércio paulistano, quem me ofereceu a solução e, de quebra, um lugar para sentar e descansar? Ela, que não tem recantos exatamente confortáveis, mas foi generosa o suficiente para abrigar lugares que são.

Quando resolvi passar o 1º de Janeiro em SP, com a Augusta dormindo, quem me ofereceu café, Engov e Lysoform? Ela, zelosa que é, com sua farmacinha 24hs.

Quando precisei fazer hora(s), esperando O CARA (esse sim, amor de muito) chegar em casa dos intermináveis compromissos, quem me fez companhia e me entreteve? Ela, que faz muito gosto do relacionamento, porque também tira uma casquinha dele quando eu não estou por perto - e nesse caso é uma embolação danada, porque também tem a Augusta no meio, de oferecida que é.

Todo relacionamento bem sucedido - e especialmente entre uma carioca e uma paulistana - é incompreendido, odiado, mal falado. Mas enquanto quem pagar minhas passagens pra SP for eu mesma, quero que os chatos se lasquem.

Tá gata, mô! 120 e mandando brasa!









domingo, 27 de novembro de 2011

Best Friends Forever

Eu tenho 32 anos. Passei a minha vida toda ouvindo que com essa idade, as pessoas são chamadas de 'adultas'. Inclusive, quando tinha lá meus 12 anos, aguardava ansiosamente por este momento.

Dos 5 aos 12 eu fui testemunha dos "clubinhos" de meninas no colégio. Dificilmente fazia parte de algum, porque eu era a menina que ninguém queria, justamente por ser extremamente calada. Só me pronunciava quando era chamada, ou quando alguém vinha correndo na minha sala dizer que meu irmão estava apanhando. Às vezes me metia se visse alguma injustiça. Só.



Esse negócio de se juntar com meia dúzia de meninas pra tramar contra outras meramente pela diferença de personalidade me parecia muito besta. E parece, até hoje. Digo até hoje, porque ISSO NÃO ACABOU! Vejo mulheres na minha faixa etária, até mais velhas, de 44-47 anos, se comportando como meninas de primário, disputando AMIZADE. Não é disputando pinto, o que é de se esperar, mas disputando amizade. De homem. De umas as outras.



Pensei: "Fui enganada. DE NOVO."

Naquela época, a coisa morria quando íamos para as nossas casas, no final do horário escolar, pra retomar no dia segiunte. Hoje tem o Facebook e o Twitter - com todo mundo fazendo questão de dar retweet na conversa - pra nos manter atualizados da sólida e adorável amizade do grupo.

Sim, eu tenho amigos. Sim, fazemos piadinhas entre nós. ENTRE NÓS.
Nunca pensei que precisasse prestar vestibular pra ser amigo de alguém - e vestibular tipo para artes cênicas na UNIRIO, onde o candidato tem que fazer prova específica na sua área, para uma banca de jurados: se vai ser ator, tem que interpretar uma cena famosa; se vai ser cenógrafo, tem que desenhar.

Acho triste... Já temos que disputar vaga no mercado profissional, temos que disputar vaga no estacionamento, temos que disputar vaga pra ir sentado no metrô, temos que disputar vaga no coração do cara. Agora, disputar amizade é muito atestado de falência. Ostentar e esfregar amizade na cara é assinar o cadastro no Bolsa Família das relações.

Tá todo mundo tão pobre assim, jura?

*Fotos retiradas do Google. Se tiverem algum problema, falem comigo.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Dia de Finados + Zombie Day

No Brasil, não se comemora Dia do Saci em 31 de Outubro. É Halloween.

No Brasil, também não se celebra Finados. É Zombie Day.

Não sei se perceberam, mas tudo significa sair fantasiado carnavalescamente por aí, com uma latinha de Skol na mão.



Quanto aos zumbis, detesto acabar com a alegria de vocês, mas TODOS SOMOS ZUMBIS.

A saber:
"Um zumbi (português brasileiro) ou zombie (português europeu) é uma criatura fictícia que aparece nos livros e na cultura popular tipicamente como um morto reanimado ou um ser humano irracional. Histórias de zumbis têm origem no sistema de crenças espirituais do Vodu afro-caribenhos, que contam sobre trabalhadores controlados por um poderoso feiticeiro.
Esta criatura é um ser humano dado como morto que, segundo a crença popular, foi posteriormente desenterrado e reanimado por meios desconhecidos. Devido à ausência de oxigênio na tumba, os mortos vivos seriam reanimados com morte cerebral e permaneceriam em estado catatônico, criando insegurança, medo e comendo os vivos que capturam. Como exemplo desses meios, pode-se citar um ritual necromântico, realizado com o intuito maligno de servidão ao seu invocador." - Wikipedia

Então, não precisa comprar sangue cenográfico, nem se enrolar em trapos, pra comemorar o seu Zombie Day. Chinelo de dedo, bermuda e camiseta é bem mais o dress code.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Eu também vou reclamar, Raul.



O Twitter virou um canal de reclamação eficaz. Se você tem uma arenga com alguma empresa ou serviço, mete a boca, xinga muito no Twitter que resolve.

No entanto, se seu b.o. é com outra pessoa... É melhor ter paciência, e começar uma novena. As empresas correm pra resolver os problemas dos clientes que reclamam no Twitter simplesmente porque temem por suas reputações, não querem seus nomes em "bocas de Matildes".
Já as pessoas, querem mais é que falem!


Eu tô em greve, assim como os carteiros e os bancários. Tô em greve de RT. Vez ou outra eu saboto a greve com algum RT realmente relevante, mas parei com a divulgação voluntária de quem não colabora comigo. Óbvio que a minha greve tem razão, eu estou reivindicando melhores condições de amizade e afeto.

Assim é com comentários em blog. É uma via de mão dupla, é ação e reação, se alguém falar com você, responda. Sua mãe não te ensinou isso, não? Não comento mais em blog de quem ignora os meus (sim, além desse, eu tenho mais 1). Muito bom pagar de bonzão com meus comentários diários, mais um numerozinho ali pagando pau pro seu texto, e eu desenganada pela internet, sem um mísero "curtir" no Facebook.


Aliás, esse "curtir" também virou sinônimo de status. Qualquer piada mal contada tem alguém "curtindo". O "curtir" é o novo xaveco barato. Eu pratico o "curtir" somente com quem eu curto DE VERDADE, não vendo nem meu corpo e nem a minha curtição por aí, não! Depois reclamam que pegaram uma coceira estranha...



Está levando muito tempo pro Mark Zuckerberg implementar o botão "Dislike", muitíssimo aguardado pelo povo do Face. Criado pelo meu amigo de Facebook, Thomas Moquet, ele funciona como um add-on no Firefox, mas o infortúnio é que ele traz junto pra sua página um monte de anúncios enervantes, mas são eles que pagam o desenvolvimento da ferramenta pro Thomas. Tentem! Vamos ver como o pessoal se vira com o "NÃO CURTI!". Viva a diferença, não é isso?


domingo, 2 de outubro de 2011

A astrologia é o novo comercial de margarina


Somente em dois momentos se vê a alegria como ela deveria ser: Nos famosos e truqueiros comerciais de margarina, e nas previsões astrológicas.

Repare que no comercial de margarina, até o cachorro tá satisfeito. A família é linda, filhos educados, os pais são dois modelos de capa, o pão - meu Deus - não é farelento e nem duro. Ninguém acorda com a cara amassada com marca de lençol e sempre faz sol. Sempre. Quem consome margarina não sabe o que é chuva e tempo nublado.

E o horóscopo? Tenho amigos e amigas que morrem de agonia se não consultarem suas previsões diárias em seu diário astrológico de preferência - seja o Personare, ou o Terra, ou o dos jornais circulantes em suas cidades. E tudo vai bem, 98% dos dias. De vez em quando aparece um "evite viagens hoje", "atrasos podem ocorrer", ou "irritações com família, amigos, amor e/ou negócios". Tão genérico quanto refrigerantes Xamego.
No dia do meu aniversário, há algumas semanas atrás, a previsão astrológica pra mim era dum sucesso tão grande que o resto do Zodíaco deve ter sido penalizado, tipo "Desculpem, mas peguei o sucesso de todos vocês e dei pra Virgem. Bjo, Os Planetas". Olhei em volta - tava sem grana, sozinha, amigos viajando, amor viajando, e somente com dois cachorros (ao menos isso!) pra cantar parabéns.

Não me aguentei, mandei um email pra astróloga! Querida, maravilhoso seria se TUDO ISSO realmente acontecesse, mas já passou do meio-dia e eu tô mais sozinha do que órfão em dia dos pais.

A resposta da moça, coitada, veio alguns dias depois com um sincero "Pra alcançar a todos, numa publicação como o jornal, não consigo atingir as particularidades. Mas desejo que as coisas melhorem a partir de agora. Beijo". Eita, e dá-lhe Picolino Uva!

Então, eu não queria ser portadora de más notícias mas aquele "amor em alta", "trabalho em alta", "o momento é ótimo para boas conversas e acordos" pode ser uma pegadinha. Pode não ser pra você, que, vendo-se numa situação semelhante, acha que encontrou a resposta - apesar de não fazer o menor sentido. Já diria o famoso personagem do Chico Anysio, "Divino sabe, Divino diz - Se você anda carregado, tá melhor do que eu, que ando a pé".

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Greve geral


Se tem um País que curte uma greve, é esse nosso. Só nesta semana, Correios e bancários em greve geral. Contas duplamente atrasadas, porque apesar de outros estabelecimentos aceitarem o pagamento e qualquer pessoa com acesso a internet conseguir segunda via, o sistema sempre entra em greve junto.

Not-not-notoooorious.


A greve dos Correios tem deixado cachorros deprimidos Brasil a fora. Latir pra quem, se o carteiro sumiu? Deixou uma carta e desapareceu... Qualquer batida de palmas na porta gera aquela euforia do "ele voltou!!", seguida da decepção de não ser ele, mas sim o cara da Eletropaulo vindo medir a luz. Medir a luz duma conta que, se chegar, será com atraso.

Mas que se danem as contas e o carteiro que nunca me traz outra coisa que não sejam contas. Pior é a greve de amor ao próximo que assola essa terra há anos. E só piora.
Antes de sumir, o carteiro ao menos entregou uma salgada conta. Deu 'bom dia', virou as costas e desapareceu.



A encomenda que não chega, a conta que atrasou, tudo isso se pode negociar. O que não tem como negociar é a falta da presença, a greve de afeto, porque nem da natureza é. Qualquer lagarta precisa de outra.
Aqui mágoa é dívida, e dívidas devem ser pagas, em 1, 2 ou 50 vezes. Tá devendo? Errou a mão no consumo do amor alheio e não pagou o carnê? Negocie a sua.


De nada adianta dar razão aos bancários e/ou aos carteiros, se você é um(a) grevista profissional em outros terrenos da vida, seja no amor, na inteligência, na camaradagem.

Greve é a cessação coletiva e voluntária do trabalho realizada por trabalhadores com o propósito de obter benefícios, como aumento de salário, melhoria de condições de trabalho ou direitos trabalhistas, ou para evitar a perda de benefícios. Por extensão, pode referir-se à cessação coletiva e voluntária de quaisquer atividades, remuneradas ou não, para protestar contra algo(de conformidade com a "Consolidação das Leis do Trabalho(CLT)". - Wikipedia

Nessa greve de amor, você reivindica o quê?


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Dead woman walking


Não existe lugar pior no mundo do que rodoviária. É onde circulam milhares de pessoas, mas a solidão é reinante. Alguns chegando, outros partindo, cada um com os seus problemas.

Eu detesto.

Como geralmente estou ali contra a minha vontade, a minha cara nunca é das mais amistosas. E obviamente isto não impede que puxem assunto comigo - ou atrai, sei lá. Amigo, desculpe, mas me deixe só com a minha derrota, porque esta sim, nunca me abandona.
Quando eu tô chegando, tudo é lindo. A fila no guichê do Bilhete Único, o mau humor no stand de créditos para celular, o povo que nunca viu escada rolante na vida, tudo. Voltando não, voltando é derrota, é cara na lona, sem revanche e sem contagem de pontos.

Eu chego rezando pra não ter que voltar, mas até agora não ouviram as minhas preces.

Nas horas que sigo sentada, esperando Godot, esperando a forca sobre rodas, tento, desesperada, uma última oração, soada de gongo, algo que me impeça de ir, que me livre da queda do banquinho ou da abertura do alçapão sob meus pés. Um maldito Zorro que fosse.

Nunca acontece.

Aí a reza muda para "que pelo menos o ônibus vá vazio", porque ainda pior do que a forca, é quando junto dela tem uma plateia animada.
Às vezes algum anjo estagiário fica com dó da minha oratória descontrol e atende este último suspiro.
Enquanto escrevo, sentada num pedaço de concreto - os bancos estão lotados - estou na fé daquelas que dizem remover montanhas para que eu siga o meu caminho Dutra a fora, sozinha na poltrona.

Ainda seguirão 6 horas da mais pura gastura, naquele dorme-não-dorme, a poltrona que não reclina direito, o pescoço que dói, o saculejo sem fim, o forró eletrônico interminável no radinho-celular sem fone de ouvido de algum perdido indo farrear no RJ. Do alto de sua soberania de algoz, o motorista me concede 30 minutos de respiro, numa parada nnum Graal, no meio do caminho. Quanta generosidade, moço, Deus lhe pague...em estriquinina.

Olho o relógio, cavuco o celular na bolsa. Nenhuma mensagem, nem de adeus, nem de volte logo, nem de promoção da TIM, esses cornos que sempre me mandam SMS de madrugada. Abandono full throttle.

Mais 3 horas pelas frente, nada pra se ouvir, a não ser o forró eletrônico maldito do sem-mãe sentado lá na frente, e as coisas que eu gostaria de ouvir, que ficam em repeat loop na cabeça, enquanto tento destravar a coluna e dormir.

Vejo, a 300 metros, a fachada da rodoviária Novo Rio, que de novo não tem nada, e olho mais uma vez o celular. A única mudança é, no visor, o TIM SP agora é TIM RJ.

Fim de luta. Soa o gongo. Perdi.

E como pra quem tá cagado um peido não faz medo, pego um táxi. Isso, um táxi, na porta da rodoviária no Rio. A derrota deixa a gente besta e destemido.

Nem cinturão de ouro, nem coroa de louros. Só Tony Bennett sabe o que se passa, ambos deixamos nossos corações em outras cidades. Então, bora viver roboticamente até voltarmos lá para buscá-los.





quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Síndrome de Confúcio

Acabo de voltar da maior incursão por SP que já fiz até hoje. Tomei o ônibus errado, fui parar no centrão e voltei para onde ia, Perdizes, passando pela Pompéia. Na volta pra casa (Alto de Pinheiros), passei pela Lapa.

Durante toda essa perigrinação, constatei que saí pelada de casa. Ou seja, tristeza é definitivamente proibido. Eu poderia matar um filhote de cachorro, descangotar um bebê, chutar um idoso e NADA DISSO seria tão abominavelmente grave quanto não sair sorrindo na rua.

Sim, num País onde mesmo sem ter onde dormir as pessoas pulam carnaval, era de se esperar.



Todos temem a sua presença, não te dão informação, mal te olham na cara, como se fugissem de uma doença contagiosa. O esforço por um mero sorriso foi tamanho, que na Caixa o atendente contou 3 piadas enquanto cobrava a fatura (vencida há 1 mês) do cartão. Foi de uma gentileza tão grande que, se eu não estivesse com tanta pressa, ele provavelmente pagaria a minha conta, só pra me ver sorrir.
O trocador do ônibus errado não me deixou pagar outra viagem, para retornar para onde eu tinha que ir. Duas senhorinhas vieram com frases da Bíblia, sem sequer saber o motivo do meu bico. Imagino a decepção de todos eles, coitados...

Enfim, não sei se os guardinhas da CET estão canetando pessoas deprimidas também, mas a sorte é que não passei por nenhum durante o meu trajeto.

Isso tudo me fez lembrar e reparar no vício por frases de autoajuda que muitas pessoas no Facebook postam diariamente em seus murais. Tem de tudo, mas 90% delas fala sobre relacionamentos - como um todo, não só aquele que sofrivelmente tentamos engatar - e geralmente são pensamentos tão genéricos quanto as previsões do horóscopo (que as mesmas pessoas leem e acreditam).

Poucas coisas podem ser mais maldosas do que frases de autoajuda. É tão ruim quanto automedicação, no entanto as autoridades de saúde ainda não se manifestaram a respeito.
Exemplo que li ontem no Face - " Se eu quero, eu posso e CONSIGO!!! Não economize palavras, não economize sentimentos. Um dia pode ser tarde demais...". Quanta putaria...

Eu não libero os comentários aqui, mas acho que no meu perfil consta o meu email. Por favor, se alguém JÁ FEZ isso que manda a frase acima E DEU CERTO, por favor me escreva. Faço questão de mencionar o seu case de sucesso aqui no blog!

Tem mais essa - "Nunca deixe que nenhum limite tire de você a ambição da auto-superação". Então, você que foi demitido justo quando planejava uma subida de cargo na empresa, volte lá e SE RECUSE a sair! E se alguém contestar sua atitude, mostre a eles esta frase e tudo se esclarecerá, porque "O homem auto-satisfeito desconhece o vexame".

A não ser em Happy Valley, desacredito na eficácia de frases desta natureza. E o desafio está lançado: Pago uma caixa de cerveja ao primeiro que FILMAR a experiência de dizer a frase sobre sentimentos (a quem quer que seja o seu alvo sentimental), OBTENDO ÊXITO.


E pra encerrar no estilo, um pensamento: "Ser xepeiro no amor é perder a auto-estima."


domingo, 4 de setembro de 2011

Batisti Marilac

Depois que saí da cadeia, resolvi fazer algo de diferente! Resolvi ficar nesta cidadezinha brasileira, tomando meus bons drink, curtindo esse inverno maaaaaravilhoso do Brasil, e dividindo com vcs esses momentos meus! Esta cerveja está geladíssima! Saúde!
 
E teve boatos q eu ainda estava na pior... Se isso é tá na pior, PORRAN, o quê que quer dizer tá bem, né?!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O UFC da vida

Enquanto todo mundo finge um súbito interesse no engalfinhamento televisonado de brutamontes, a minha luta é outra. Socar a cabeça de alguém é fácil, quero ver dizer que ama.
Voadora no pâncreas é fácil, quero ver reconhecer que mandou mal.


Aquele encenamento tipo Telecatch moderno, quase um Miss Universo, em nada se parece com o arranca-rabo dos dias reais. Tô vendo a hora que a ONU vai surtar entre cuidar da Líbia e cuidar de mim. Pra viver como eu vivo, tem que ser muito macho. A coisa chegou num ponto que, ao chegar em casa e acender a luz, a lampâda explodiu o lustre. Nem sei qual caco catar primeiro...



Anderson Silva, aquela parede de músculos que larga o braço na negada no tatame, se sensibilizaria comigo. Capaz de chorar. Capaz de bater mais nos outros só pra fazer alguma justiça, uma homenagem. Mas burrice não se resolve na porrada, senão eu mesma resolveria. Ainda lembro dos golpes do muay thai.


Digo burrice, mas pode ser lesera mesmo. Ou simplesmente maldade, porque o mundo é feito 80% de água, 15% de maldade e 5% de resto. E o ruim da maldade é que geralmente o castigo não vem nesta vida, é como atrasar o pagamento da fatura do cartão - vem na conta seguinte.


quarta-feira, 13 de julho de 2011

É lei


Este é o homem que pôs em palavras aquela situação irritante e odiosa de "falência" das coisas, Edward A. Murphy.

Em maior ou menor grau, somos diariamente antingidos pela sua lei. Agora mesmo, estou aqui aguardando uma resposta importante, que tanto pode vir por celular como por mensagem no Facebook, e o que acontece? LIGA A DILMA MAS NÃO LIGA QUEM TEM QUE LIGAR!

"Oi querida! Tá boa? Então, tô ligando pra saber o que você tá achando do meu governo e talz.."

E a TIM? Se tem algo que a TIM ama é quando eu estou esperando um telefonema ou sms. Eu acho até que eles devem fazer uma mini festa no escritório de tanta alegria, pois são momentos em que eles enviarão TODAS AS MENSAGENS DE SPAM que são capazes de criar!

A TIM e seu oportunismo fora de hora

Sim, porque quando eu preciso de serviços, o povo do telemarketing só sabe dizer que "o sistema está fora do ar". Mas nunca sai do ar quando me interessa, né?!

E não menos inconveniente é esperar resposta ou mensagem no Facebook. É o momento em que seu news feed LOTA de tranqueiras - convites para aplicativos, perguntas bestas, fotos de crianças, convites para joguinhos, convites para eventos de gente que você não conhece em um país onde você nunca esteve, spam de festa furada, mensagens privadas de grupos com mais de 200 pessoas - E TODAS RESPONDEM - marcações em fotos... Um inferno!

Pedra, papel ou tesoura?

Que fique claro que eu sei esperar, afinal são anos de treino. Mas que irrita, ah, isso irrita!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A conga do doce

Não me refiro ao estilo de dança. E nem do tênis simpatiquim. Falo da mulher-macaco mesmo. Aquela dos parques de diversões, que me metia medo quando eu tinha 4 anos de idade.


A gente cresce e depois entende porque a Conga virava macaco...

Pelo menos 3 dias no mês eu sofro do Mal de Conga. São dias em que QUALQUER doce é indispensável para o bem geral da Nação. E eu lamento, muito, ter que consumir esse maldito doce, poque quando a Conga passa, vem o incrívelhulkismo de ódio de estar 3x mais gorda!

Mas eu sou pior, porque existe uma escala de importância entre os doces. Por exemplo, chocolate é última opção, é quando a Dilma faz pronunciamento na tv dizendo que eu preciso comer qualquer doce antes que a Força Nacional entre no esquema pra me conter. Mas até que as coisas cheguem a este ponto, eu ainda escolho os favoritos. A seguir, um tutorial simples e prático para quem precisa lidar comigo na conguice da TPM:



Torta de maçã (sem sorvete)

Strudel de maçã

Mil-folhas

Camafeu de nozes (ou qualquer coisa com nozes)

Doce de abóbora com côco

Cajuzinho

E fiquem tranquilos, eu não desconto a raiva da gordice em quem me dá doce. Como já disse Clemenza, "Io saccio come ringraziare"...

domingo, 10 de julho de 2011

Escola de teatro


Eu fugi enquanto eu pude, sequer terminei minha faculdade justamente porque eu era obrigada a interpretar, e isto sempre me pareceu má ideia. Mas Deus gosta desta má ideia, é como Woody Allen. E apesar da total falta de interesse pela arte da interpretação, parece que eu me saio muito bem. Não é de hoje que amigos e colegas de trabalho dizem que eu "deveria estar na televisão". Honestamente, não sei se isso é exatamente um elogio...

Eu acho que já estou na televisão, numa espécie de "Truman Show", e tenho fãs secretos. Gente que admira como eu saio das situações mais grotescas e como eu sofro genuinamente com os acontecimentos. Genuinamente para vocês, telespectadores, porque este nível de excelência requer muita prática, muita concentração e trabalho. Houve uma época em que eu, recém-chegada às coxias ainda com a sacolinha do Mundial* na mão, sofria de verdade. Não existia isso de "fingir um sentimento", isso era coisa do Demônio! Como assim fingir sentimentos? Atuar é isso?? O horror....


Mas aí, se você não aprende por bem, aprenderá na marra. Acho que assim foi com grandes nomes do teatro e do cinema em todo o mundo. E os que não aprendem, ficam loucos, e loucos não trabalham. Digo a você, amiga ou amigo leitor que está aí justamente pensando em seguir carreira como atriz ou ator, que na verdade é bastante simples. O que vai galgar o nível de qualidade da sua interpretação é o modo como você interpreta a sua própria vida. E sabe por quê? Porque você tem o diretor mais carrasco e abominável da História - você mesmo.
Pensou que era Deus? Qual nada... Deus é somente o cara que escreve os textos. Pra Ele tanto faz se é você ou sua vizinha que vai usar aquelas falas, contanto que alguém as diga, porque Ele também não curte trabalhar a toa!

Eu não posso reclamar de todo, porque meus textos são co-escritos por Nelson Rodrigues. Não, não fui numa casa espírita pra saber disso. Basta observar alguns fatos na vida, e pronto. E eu sou fã dele, então tudo bem! E quanto mais esdrúxula e desagradável a situação, mais bárbaraheliodoramente** notável é a minha atuação. É exaustivo, confesso, mas é como dizem - "tudo pelo show biz".

Estão todos convidados para esta minha nova temporada em cartaz. E tem brinde pra quem for me ver!




* Bárbara Heliodora é uma temida/respeitada crítica de teatro carioca.
** Mundial é uma rede popular de supermercados carioca, conhecida por seus preços baixos.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A Marilyn real



Marylin Monroe sempre foi, pra mim, um ícone estranho. Linda, incrível, bom coração, meio perdida na vida, gostosona da época, e triste, sempre triste. Olhos tristes, relacionamentos tristes. Era só mais uma gostosa, ninguém queria saber se tinha bom coração e/ou vontade de ser uma atriz de verdade.
Eu costumo dizer que só se via a Marilyn mesmo nos sets de filmagem, ainda assim quando o diretor gritava "ACTION!". No mais, era só a tal da Norma Jean, num outro corpo, enganada por aquele papinho mazomeno do "Você é linda, pode ter tudo e todos". Acreditou, né? Coitada...acabou como acabou.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Falta Pereio no mundo

Qualquer um que me conheça de verdade, sabe que eu sou fã do Pereio. Não preciso explicar por quê e nem citar os trabalhos - quem conhece o cara, tem a resposta.


Ele é provavelmente a única pessoa no mundo que tem um programa de tv onde ele entrevista QUEM ELE QUER. Pode vir o dono do Canal Brasil mandar ele entrevistar quem quer que seja dessas subcelebridades instantâneas (a menos, é claro, que uma dessas seja trash o suficiente pra ele achar interessante), vai tomar um vareio de perder o rumo de casa. Se tratando de tv nacional, nada pode ser melhor do que isso!

Buscando cenas do "A Dama do Lotação", parei no hotsite do "Sem Frescura", o tal programa dele no Canal Brasil. E achei ESTA foto. Poucas coisas na vida são tão geniais quanto o Pereio entrevistando o Dicró.


É aproveitar enquanto o cara taí, porque, como ele mesmo disse: “Gênio não é eterno. Depois que ele morre, jamais nascerá outra coisa igual. O medíocre a gente nem percebe que morreu. E, já no dia seguinte à morte de um medíocre, aparece um igualzinho no lugar. A mediocridade, então, é eterna! O gênio, não: todos os gênios são perecíveis”.

E, por favor, assistam este vídeo.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Tipos de...mulher

Que a biscatice precede os nossos tempos, qualquer um com internet e livros sabe disso. Mas hoje em dia os conceitos e os pré-conceitos se misturaram e a grande sacanagem é essa. Com essa onda de "Slut Walk" por aí, quem realmente passa por aperto nas ruas parou pra pensar, e quem achava que isso era mera biscatice também.


Eu, que não sou exatamente uma Sharon Stone em "Instinto Selvagem", já passei por cada uma nas ruas que fica difícil acreditar que vá mudar. Estava com suas botas até as coxas? Não. Estava de minissaia? Também não. Tava com um decotão a la italiana? Não. E ainda assim corri de tarado...

Eis a justificativa da marcha - uma mulher pode ser vítima de violência sexual e verbal (o que causa o mesmo pânico) estando de moletom e chinelo. E por violência verbal, por favor, entendam: Chamar
qualquer mulher de "bucetuda" não é, e dificilmente será, um elogio.

Uma amiga fortemente engajada na causa da marcha postou a seguinte frase no Facebook: "Não existe mulher vadia, mulher santa ou mulher vagabunda, existem vários tipos de mulheres e cada uma explora sua sexualidade do jeito que achar mais adequado". Justo? Justo! Justíssimo! Mas logo em seguida, uma outra amiga dela rebateu: "AAAAHHHHH! Se for com o seu namorado é vadia, e com o namorado dos outros é só uma mulher explorando sua sexualidade... no dos outros é refresco!". JUSTO! JUSTÍSSIMO! Somos muito defensoras da causa, até a famosa página 2...



Biscatice, até onde eu entendo, é isso - vestindo moletom ou espartilho, a moça se lança sobre o rapaz acompanhado (em balada ou não). Mas não estaria ela somente dando vazão a um instinto Sharon Stone? Não é direito dela? Sim, é...Como também será direito da outra de sentar a mão na cara da libertária! Como
se vê, mulher é isso aí. A causa é justa, o apoio é total, a teoria é clara, mas é bom que cada uma se respeite porque senão...