domingo, 27 de novembro de 2011

Best Friends Forever

Eu tenho 32 anos. Passei a minha vida toda ouvindo que com essa idade, as pessoas são chamadas de 'adultas'. Inclusive, quando tinha lá meus 12 anos, aguardava ansiosamente por este momento.

Dos 5 aos 12 eu fui testemunha dos "clubinhos" de meninas no colégio. Dificilmente fazia parte de algum, porque eu era a menina que ninguém queria, justamente por ser extremamente calada. Só me pronunciava quando era chamada, ou quando alguém vinha correndo na minha sala dizer que meu irmão estava apanhando. Às vezes me metia se visse alguma injustiça. Só.



Esse negócio de se juntar com meia dúzia de meninas pra tramar contra outras meramente pela diferença de personalidade me parecia muito besta. E parece, até hoje. Digo até hoje, porque ISSO NÃO ACABOU! Vejo mulheres na minha faixa etária, até mais velhas, de 44-47 anos, se comportando como meninas de primário, disputando AMIZADE. Não é disputando pinto, o que é de se esperar, mas disputando amizade. De homem. De umas as outras.



Pensei: "Fui enganada. DE NOVO."

Naquela época, a coisa morria quando íamos para as nossas casas, no final do horário escolar, pra retomar no dia segiunte. Hoje tem o Facebook e o Twitter - com todo mundo fazendo questão de dar retweet na conversa - pra nos manter atualizados da sólida e adorável amizade do grupo.

Sim, eu tenho amigos. Sim, fazemos piadinhas entre nós. ENTRE NÓS.
Nunca pensei que precisasse prestar vestibular pra ser amigo de alguém - e vestibular tipo para artes cênicas na UNIRIO, onde o candidato tem que fazer prova específica na sua área, para uma banca de jurados: se vai ser ator, tem que interpretar uma cena famosa; se vai ser cenógrafo, tem que desenhar.

Acho triste... Já temos que disputar vaga no mercado profissional, temos que disputar vaga no estacionamento, temos que disputar vaga pra ir sentado no metrô, temos que disputar vaga no coração do cara. Agora, disputar amizade é muito atestado de falência. Ostentar e esfregar amizade na cara é assinar o cadastro no Bolsa Família das relações.

Tá todo mundo tão pobre assim, jura?

*Fotos retiradas do Google. Se tiverem algum problema, falem comigo.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Dia de Finados + Zombie Day

No Brasil, não se comemora Dia do Saci em 31 de Outubro. É Halloween.

No Brasil, também não se celebra Finados. É Zombie Day.

Não sei se perceberam, mas tudo significa sair fantasiado carnavalescamente por aí, com uma latinha de Skol na mão.



Quanto aos zumbis, detesto acabar com a alegria de vocês, mas TODOS SOMOS ZUMBIS.

A saber:
"Um zumbi (português brasileiro) ou zombie (português europeu) é uma criatura fictícia que aparece nos livros e na cultura popular tipicamente como um morto reanimado ou um ser humano irracional. Histórias de zumbis têm origem no sistema de crenças espirituais do Vodu afro-caribenhos, que contam sobre trabalhadores controlados por um poderoso feiticeiro.
Esta criatura é um ser humano dado como morto que, segundo a crença popular, foi posteriormente desenterrado e reanimado por meios desconhecidos. Devido à ausência de oxigênio na tumba, os mortos vivos seriam reanimados com morte cerebral e permaneceriam em estado catatônico, criando insegurança, medo e comendo os vivos que capturam. Como exemplo desses meios, pode-se citar um ritual necromântico, realizado com o intuito maligno de servidão ao seu invocador." - Wikipedia

Então, não precisa comprar sangue cenográfico, nem se enrolar em trapos, pra comemorar o seu Zombie Day. Chinelo de dedo, bermuda e camiseta é bem mais o dress code.