sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O UFC da vida

Enquanto todo mundo finge um súbito interesse no engalfinhamento televisonado de brutamontes, a minha luta é outra. Socar a cabeça de alguém é fácil, quero ver dizer que ama.
Voadora no pâncreas é fácil, quero ver reconhecer que mandou mal.


Aquele encenamento tipo Telecatch moderno, quase um Miss Universo, em nada se parece com o arranca-rabo dos dias reais. Tô vendo a hora que a ONU vai surtar entre cuidar da Líbia e cuidar de mim. Pra viver como eu vivo, tem que ser muito macho. A coisa chegou num ponto que, ao chegar em casa e acender a luz, a lampâda explodiu o lustre. Nem sei qual caco catar primeiro...



Anderson Silva, aquela parede de músculos que larga o braço na negada no tatame, se sensibilizaria comigo. Capaz de chorar. Capaz de bater mais nos outros só pra fazer alguma justiça, uma homenagem. Mas burrice não se resolve na porrada, senão eu mesma resolveria. Ainda lembro dos golpes do muay thai.


Digo burrice, mas pode ser lesera mesmo. Ou simplesmente maldade, porque o mundo é feito 80% de água, 15% de maldade e 5% de resto. E o ruim da maldade é que geralmente o castigo não vem nesta vida, é como atrasar o pagamento da fatura do cartão - vem na conta seguinte.