segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O brega que eu habito

Soube através da Folha.com que hoje a "I'm not dog no" de Falcão completa 20 anos.

Tenho me espantado quase que diariamente com a quantidade de coisas e acontecimentos completando "20 anos". É por causa delas que luto semanalmente contra novos fios brancos de cabelo na minha cabeça.

Mas voltemos ao brega do Dr. Marcondes, que é mais leve. Na entrevista, Falcão explana claramente - caso algum incauto não tivesse atinado pra questão ainda - a diferença entre os bregas: "Brega é como colesterol, tem o bom e o ruim". Luan Santana que o diga...

Peneirar o fino do brega e separar os pedregulhos, como eram os feijões de antigamente, não é tarefa para iniciantes. É necessário destreza, paciência, bom humor e um amigo que lhe indique ao menos 1 nome, para que você siga a trilha de tijolos dourados com glitter e flores de todas as cores do brega nacional e internacional, por que não?

Como generosidade é meu nome do meio, resolvi ajudar os perdidos e os principiantes a montar um dia comemorativo do bom brega com a discografia básica:

"Nos teus braços", do mestre Reginaldo Rossi, é o que separa homens de meninos;

Como diz o anúncio do cartaz, seus grandes sucessos de parquinho de interior "Fatalidade" e "Por que brigamos", Diana é obrigatório;

O LP mais progressivo do goiano que arrebatou corações, todo se querendo na capa;

Um tonel de amor e sofrimento, a síntese do brega feito pelo cara que foi excomungado pela igreja católica. Ele é contra a pílula e a favor do amor;

Waldick, o cara que não era cahorro não, mas sofreu "Tortura de amor" e dizia (neste LP) que "Todo homem chora". Sem isso, não há vida legítima;

"Ah! Tanto eu tenho pra dar... E quanto mais eu tenho, Mais este amor me exige..."
Só pra começar. Aproveite que é segunda-feira, o natal ainda não chegou, e se aprofunde nas verdades do ser humano, no cafona que mora dentro de você. E que se dane o hype!